“Leva-me para a rocha que é mais alta do
que eu”.- Salmo 61:2
O
que fazer quando ser vitorioso significa matar o próprio filho?
Rebelião
em Israel. Absalão, filho de Davi,
usurpa-lhe o trono. Ilude o povo. Denigre a imagem do pai. E, Davi? Foge. O que
não costumava fazer. Era homem de luta. De guerrear. Mas, o inimigo era seu
filho. A fuga, no mínimo, adiava suas decisões.
Davi
amava Absalão. Matá-lo estava no rol das coisas difíceis. Impossíveis. Davi , familiares e súditos saíram chorando
da cidade pelo caminho do ribeiro de Cedrom, passando pelo Horto das Oliveiras.
Fugia, não para morrer, mas para não ter que matar. Fugia para não pensar.
Porque não conseguia mais pensar.
A
vida nos impõe dilemas terríveis. Como resolver uma situação assim?
Davi
sentiu solidão. De repente, sentia-se como se estivesse vagueando nas
extremidades da terra. Distante. Longe de tudo que havia de bom. O coração
doía. Traído por um filho. E, por Absalão. Davi sentia-se pequeno. Limitado. O
que pedir a Deus?
Voz
embargada. Lábios trementes. Olhos semicerrados, lacrimosos, ora: “Leva-me à
rocha que é mais alta do que eu!” A vida pedia mais do que possuía. O rei
esbarrava nos seus limites. Sentia quão parcos eram seus recursos.
Há
momentos em que precisamos ter muito mais do que possuímos. Precisamos de mais
forças do que as forças que temos. Precisamos de mais sabedoria do que a vida
nos doou. Precisamos de sentimentos superiores aos nossos. Precisamos ascender.
Subir. Ir mais alto. Para uma posição à qual só Deus poderá levar-nos.
Talvez
esta minha crônica o encontrou assim. De braços com um dos maiores dilemas de
sua vida. Há uma rocha mais alta. Um lugar especial. Além do que somos. Além do
que temos. Uma situação melhor. Infinitamente melhor, onde jamais sentiremos
solidão, porque Deus está perto. Ele nos terá levado ali.
Não
vagueie pelas extremidades da terra: refugie-se no que Deus preparou.
Pastor quero parabeniza-lo pela iniciativa brilhante de escrever em blog, essas cronicas maravilhosas. Que Deus continue o abençoando a cada dia. Um abraço fraternal. Pr.Nilton Desar Pignata
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