quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O DESAFIO MISSIONÁRIO


De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho.                    ATOS 16:9,10

         Para se fazer "missão", necessário é que se entenda "missão". Não existe empenho sem entendimento. No entendimento está a motivação missionária. Penso que é por isso que não são muitos na Igreja os envolvidos com missão. Falta-lhes uma visão precisa do que é a obra missionária.
         Tenciono, nesta oportunidade, valendo-me de um fato da história bíblica, analisar com você o desafio de missões.
         Lucas está narrando o fato. As figuras centrais eram Paulo e Timóteo. Paulo estava empenhado em passar para as igrejas novas as decisões da sede, de Jerusalém. Desejaram pregar na Ásia, o Espírito não autorizou. Na Bitínia, também o Espírito não lhes permitiu. Para onde iriam agora? De noite Paulo teve uma visão: um homem macedônio se apresentava dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.
         A primeira coisa que nos chama a atenção neste fato é A FONTE DO DESAFIO MISSIONÁRIO. O Espírito Santo não lhes permitiu a viagem para a Àsia. Não lhes permitiu a ida à Bitínia. Através de uma visão, os levou à Macedônia. Estes fatos nos demonstram que a obra missionária é dirigida pelo Espírito Santo. O local a ser evangelizado é definido por Ele.
         Amigos, o investimento missionário não pode ser dirigido pelos nossos temores. Se assim acontecer não é Deus que está na direção- Deus não tem temores.Os nossos temores existem por causa das nossas limitações. Estão inteiramente baseados em nós. Dirigidos pelos temores, jamais Vingren e Berg teriam chegado ao Brasil. Também Carey à Índia. Estes homens calaram seus temores com uma fé viva em Deus. Com uma forte convicção que o Espírito Santo os mandava ir, e, se os mandava, era capaz de os proteger.
            O investimento missionário sequer pode ser dirigido pelos nossos prazeres. De repente, confundirmos missão com turismo. Estarmos na terra em que nos sentimos bem. Seria um decisão inteiramente nossa. Não estaríamos buscando agradar a Deus, mas um auto-agrado. Se buscasse atender a prazeres, jamais Orlando Boyer teria vindo ao Brasil para, percorrendo os Estados do Nordeste no lombo de jumentos, anunciar a Palavra, e o Brasil teria perdido seus grandiosos frutos.
        O investimento missionário não pode ser dirigido pelas nossas oportunidades.  O Espírito Santo pode, na obediência a Ele, criar para nós oportunidades, mas, não, nós condicionarmos o Espírito Santo às oportunidades que nos surgiram na vida. Muitos disseram: Vou para o exterior a Trabalho, mas, trabalhando lá, na verdade serei um missionário. Mera pretensão! Não sobrou tempo: a busca pelo dinheiro não lhes deixou testemunhar.
         O investimento missionário tem que ser dirigido pelo Espírito Santo. É ele que, como no fato bíblico, dizendo "não" e "sim" irá nos mostrando o caminho. É imprescindível estar atento à sua voz.
         Bem, a segunda coisa que nos chama a atenção neste fato é A NATUREZA DO DESAFIO MISSIONÁRIO. O homem da visão rogava: "Passa à Macedônia, e ajuda-nos." É esta a essência do desafio missionário.
         É um desafio aos nossos sentimentos. Estávamos acostumados a querer bem apenas à nossa Pátria e seus filhos, agora adotaremos mais um país. E, tem que ser assim! Não pode o que vai como missionário ficar depreciando as coisas do país em que trabalha em comparações ao seu próprio país. Não pode se ater às diferenças culturais, tomando-as como barreira. Irá, talvez, para um país muito mais atrasado. Terá que ter disposição de sentimentos para aceitar viver uma situação de ausência de comodidades que jamais teria em sua nação. Para "ajudar os macedônios", tenho que adotá-los de coração.
         É um desafio ao nosso intelecto.  Quando pensávamos que já tínhamos aprendido tudo o que precisávamos para a nossa existência, somos levados a começar do nada em outro país. Vamos começar o estudo de um idioma- em alguns países há mais que um! Vamos começar a aprender alguns significados de gestos e de costumes de um novo pais. As nossas capacidades mentais serão exigidas. Para "ajudar os macedônios", tenho que aprender seu idioma.
         Passar à Macedônia é, também, um desafio à nossa saúde. Seu clima não o clima de nosso país, suas condições de vida não são aquelas às quais estamos acostumados. Nosso corpo adquire imunidades às doenças quando convive com elas, mas, vamos à um lugar onde há doenças com as quais nosso corpo jamais conviveu. Esforços aos quais nossos corpos jamais foram submetidos são exigidos ali.
         Passar à  Macedônia é, também, um desafio à nossa espiritualidade. Se vamos para ajudá-los temos de ter espiritualidade suficiente para compartilhar. Temos que ser mais crentes que eles. Mais consagrados que eles. Mais cheios do poder de Deus que eles. Que tarefa a do missionário. Além das preocupações todas que têm, acrescenta-se a de estar sempre "com o vaso cheio" do azeite celestial.
         Bem, a terceira coisa que nos chama a atenção neste fato é A RESPOSTA AO DESAFIO MISSIONÁRIO. Paulo e seus amigos atenderam ao desafio missionário sem hesitação. "Procurávamos logo partir para a Macedônia". Por que Paulo tinha tanta urgência?
          Paulo estava cônscio da necessidade dos Macedônios.  Ele sabia que o pedido de ajuda do homem da visão era sério. Há muitos que ainda não entenderam a necessidade dos povos. Acham que fazer missões é uma presunção. Outros acham que é uma ilusão. Escute: fazer missões é ajudar pessoas da forma mais efetiva que existe. É transformá-las pelo poder de Deus. Os Macedônios precisavam da libertação do Evangelho. Precisavam da sua consolação. Precisavam da sua cura. A benção deles não podia ser protelada.
         Paulo estava cônscio da sua capacidade de ajudar.  Tinha ajudado tantos povos- podia ajudar os Macedônios. O homem é o mesmo em suas necessidades espirituais. A salvação de Deus é para o mundo inteiro. Todo cristão pode ajudar o mundo. Quando Carey desejou ir à Índia, no parlamento inglês alguém o interpelou: "Você acha que, se Deus quisesse salvar a Índia, ia precisar de você?" Mas, ele quer contar com todos nós para salvar os povos. Jesus disse de seu povo: "Vós sois a luz do mundo!"
         Paulo estava cônscio da sua responsabilidade diante de Deus.   Uma declaração de Jesus sobre si jamais havia saído de seu coração, a de que ele seria um vaso escolhido para levar seu nome aos gentios.Veja o que diz de sua consciência:"Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes."(Romanos 1:14) Sabia que Deus esperava que ele testemunhasse, e não queria ficar em falta com Deus.
         O desafio de missões está lançado. Como você responde a ele?
Algo precisa ser feito. Creio que nesta hora o Espírito Santo tem falado ao seu coração. Envolva-se com missões. Responda ao desafio missionário. Ore, contribua para missões. Se enviado pelo Espírito: VÁ!     

Nenhum comentário:

Postar um comentário