terça-feira, 30 de outubro de 2012

NO MEIO DA ANGÚSTIA


Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás; estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará. O Senhor aperfeiçoará o que me concerne; a tua benignidade, ó Senhor, é para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.”-Salmo 138:7,8.

O sofrimento é inerente à existência humana. Teremos que, em momentos de nossa vida, sentir dores. Derramar lágrimas. Teremos que sofrer. Você andará no meio da angústia. Sorverá o seu amargor. É impossível  extirpar o sofrimento de nossa existência, porém, é possível resolvê-lo. Poderá contar com o auxílio divino. É disso que trata o nosso texto. O que Deus pode fazer por você no tempo da angústia?

Deus pode levantar o seu ânimo.  “Tu me revivificarás”, afirma o texto. A angústia esgota nossas energias. O sofrimento nos arrasa. Buscamos forças em nós para prosseguir e sentimo-nos como se toda a nossa força tivesse sido sugada, tirada de nós. É por isso que, submetidos a um sofrimento intenso, muitos de nós acaba adormecendo em seguida. Quando andamos no meio da angústia é difícil encontrarmos forças em nós mesmos. Mas, poderemos encontrar forças em Deus. Num destes dias atrás estive bastante abatido, mas, ajoelhando-me e orando sobre o que me angustiava por uns poucos minutos, vi Deus, de maneira espantosa, aumentar meu ânimo, minha disposição. Talvez a angústia tenha minado suas forças. Deus quer revificá-lo.

Deus pode, e quer, também, anular seus riscos. Afirma o texto: ”Estenderás a tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salvará.” Toda angústia está vinculada a uma situação de risco, de ameaça. Pode ser o risco de se perder a saúde. Pode ser o risco de se perder o sustento. Pode ser o risco de se perder a reputação e outras coisas. Há um risco sempre que produz a angústia. Mas, Deus se propõe a anulá-lo com sua mão poderosa. Você pode aquietar o seu coração porque Deus está agindo por você. Por mais silencioso que pareça o cenário, Deus está operando. Por mais solitário que possa estar se sentindo seu coração, você não está só. Há um  hino antigo que afirma: “Deus está nas sombras!” Sim, por mais sombria que seja a sua angústia, Deus está caminhando com você. No meio da sua angústia, a mão de Deus se estende para ajudá-lo.

A terceira grande verdade do texto sobre nossas  angústias é de que Deus pode prosperar os nossos assuntos.  Veja a maravilhosa afirmação do salmista: “O Senhor aperfeiçoará o que me concerne.” Sabe o que quer isto dizer? Deus está cuidando dos meus assuntos, tirando-lhes as falhas. Os fracassos. As imperfeições.  Burilando-os. Trabalhando-os.

Paulo fez, certa feita, uma afirmação semelhante. Disse que todas as coisas cooperam juntas para o bem dos que amam a Deus. (Romanos 8:28) Deus é um especialista em tudo. Ele consegue. Você não, mas Ele consegue. Ele ajunta as partes. Cola os pedaços. Reorganiza. Cria o novo, se preciso.

Não imaginava um Deus tão pessoal, não é? Comece a vê-lo assim. Ele é assim. Neste exato momento, está cuidando das suas coisas. Você adormecerá, mas, Ele continuará trabalhando. Vai mandar o choro embora e trazer a alegria no amanhecer. Para você.

domingo, 28 de outubro de 2012

O ETERNO REFÚGIO


“O Senhor te guardará de todo o mal; Ele guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.”- Salmo 121: 7,8

Um discernimento precioso é o que nos permite avaliar a nossa segurança. Quanto estamos seguros? A sua presença poderá aumentar os anos de nossa vida. Sua ausência poderá encurtá-la. Quanto estão seguros os que confiam em Deus? O texto procura demonstrar isso.

Em Deus há uma segurança abrangente. “O Senhor te guardará de todo o mal”. O mal possui diversas formas e espectros. Há o mal físico. Há o mal espiritual. Há o mal social. Há o mal material. Inúmeras formas, mas, Deus pode guardar-nos de todas. Eis por que a confiança em Deus é uma atitude preciosa.

Podemos ser iludidos na busca de esconderijos e seguranças. Certa feita um poeta falou do que viu: um ninho que foi consumido por um incêndio e os filhotes nele incinerados. Por certo a  mamãe pássaro na hora de colocá-los ali, imaginou que os colocava no melhor lugar, o lugar mais seguro, mas enganou-se. Em Deus não há enganos, não há ilusões. Deus nos oferece esta proteção holística, abrangente. Ele nos guarda de todo o mal.

Em Deus há uma segurança profunda. “Ele guardará a tua alma”. A alma é a sede dos sentimentos. Altamente interiorizada. Mas, a proteção de Deus não é superficial. Ele não quer dar a você apenas a proteção física, exterior. Ele quer inclusive dar e preservar os sentimentos bons de sua alma. Paulo fala da paz de Deus “que excede todo o entendimento”. Diz-nos que esta paz “guardará os nossos corações”. É disso, também, que fala o salmista. Paz de Deus envolvendo nossas almas. Almas protegidas pela sua paz. Guardadas por ela. O que confia em Deus  confiou-lhes seus sentimentos. Está protegido.

Em Deus há uma segurança constante. “O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída”. Deus vai guardar os seus projetos, do começo ao fim. Alguns começam bem e, depois, veem tudo terminar em fracasso, num grande desastre. Outros sofrem tanto, para só ver algum progresso no fim. É como o canto do cisne, segundo a tradição. O último canto é o melhor, mas precede a morte. Talvez você seja daqueles que vivem sempre com medo do novo, de tentar algo diferente. A confiança em Deus fará bem para você. Deus vai guardar sua entrada e a sua saída. Guarda-costas celestial.

Em Deus há uma segurança perene.  A proteção é “desde agora e para sempre”. Há um momento de colocarmos a nossa confiança em Deus. Talvez antes nem nele pensássemos. Mas. Existe a hora do agir diferente. Da conscientização. Da percepção que transforma tudo. Precisamos de Deus para aqui e para a eternidade.  Pessoas podem nos oferecer segurança para as circunstâncias daqui. Algumas circunstâncias. Deus oferece para todas e para a eternidade.

Por que demorar? Entre no eterno refúgio.

sábado, 27 de outubro de 2012

ESCOLHENDO A CONFIANÇA




“É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem”.-Salmo 118:8
Por muitas vezes na vida seremos chamados a escolher, a definir nossa confiança. Porque, vizinhos, a nos cercar em todo o dia, temos os seres humanos e Deus. Sem contar a opção que temos de confiar em nós mesmos.
O que vai acontecer dependerá de nossa confiança. Em quem a depositamos. Por isso a escolha deverá acontecer sobre critérios firmes, verdadeiros.
Por que escolher Deus?
O primeiro argumento para escolher Deus é a sua eternidade. O homem é como um vapor que se levante e passa. Uma sombra. Deus é uma rocha eterna. O homem só pode assegurar-nos coisas por um tempo limitado. Deus sempre existirá para cumprir o que prometeu. Deus existirá além da tragédia. Além da solidão. Além da necessidade. Além da própria vida. O homem precisa se precaver ante a possibilidade da morte. Deus é o dono da vida. Escolha Deus, por sua eternidade. Deus é garantido.
O segundo argumento para escolher Deus  é a sua capacidade. Que pode o homem? Quando um homem tem autoridade é porque a recebeu de outro. Quando é capaz, é porque outro o instruiu. Deus não teve instrutor. Não freqüentou escola. Ele é o que é. Sempre o foi. A capacidade de Deus está estampada na História, nas obras da criação e em nossas vidas. Para que ir ao ribeiro, se se pode ir à fonte? Deus é capaz de lidar com o visível e o invisível. Com o passado, o presente e o futuro. Escolha Deus, pela sua capacidade. Deus é poderoso.
O terceiro argumento para escolher Deus é a sua fidelidade. Deus “não manca”. Não “deixa na mão”. Não falha. Ele visita a bondade de um homem até muitas gerações. Não se esquece de suas promessas. Se Deus prometeu, irá cumprir. Se falou, irá fazer. Deus não é o homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Escolha confiar em Deus, pela sua fidelidade. Deus é assíduo.
Andou errado na confiança? Amigo, não escolha pela aparência. A aparência ilude, engana. Quanta gente já comprou caqui por  tomate.  Escolha pela experiência. É melhor confiar no Senhor, do que confiar no homem.    

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O CAMINHO DA ADORAÇÃO


“Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte, e aos teus tabernáculos. Então irei ao altar de Deus, do Deus que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.”- Salmo 43:3,4

A adoração a Deus requer o conhecimento dele. O propósito de nossa adoração é agradá-lo. Ela é o que temos que interessa a Deus, como possuidor de todas as coisas. Se déssemos a Deus bens nossos, não lhe acrescentaríamos nada. Tudo já é dele. A Ele interessa o nosso reconhecimento de sua grandeza, de seu senhorio. Pois bem, tal reconhecimento é antecedido pelo conhecimento.
O fato é que não podemos conhecer Deus por nosso esforço. Não podemos enxergá-lo no microscópio, nem colocá-lo totalmente em nossa literatura. Como conhecê-lo?
O primeiro requisito da adoração a Deus é revelação. Se não podemos conhecê-lo, necessário se torna que Ele tome a iniciativa de dar-se a conhecer, de se revelar. E é o que faz. Eis porque o salmista suplica a Deus que lhe envie a sua luz e a sua verdade, para que possa chegar-se ao altar de Deus. Sem luz e sem verdade de Deus não haverá adoração. É preciso que o próprio Deus desfaça nossa ignorância dele. Eis porque o homem deve buscar a revelação divina com humildade. A humildade do que busca e precisa aprender.
Quando tentamos conhecer Deus por nossos próprios esforços e métodos, cometemos um erro crasso, pois Deus é muito maior que nossa realidade. O ato é como tentar pôr o Oceano Pacífico dentro do Mar Vermelho.
Veja, por exemplo, o nosso conceito de tempo. Nós precisamos de calendário, Deus não. Contar o tempo é necessário para quem só vive cento e poucos anos, para quem é eterno isso é inútil. Não somos capazes de alcançar o conhecimento dos astros que Deus criou e damo-nos à incoerência de acreditar que podemos questionar  existência dele. A revelação de Deus é recebida com humildade. Precedida por um “não sei”. Preparada por um “preciso saber.” Revelação é o primeiro passo da adoração.
O segundo requisito da adoração a Deus é motivação. Para adorar é preciso que estejamos motivados, inspirados por Deus. É preciso que a sua grandeza tenha ecoado em nossas almas como grandeza realmente. É preciso que Deus se torne “nossa grande alegria”. Sem isso, não tocaremos harpa para Ele. É preciso que Deus seja o objeto de nossa gratidão. É preciso que tenhamos consciência que nossas bênçãos saíram de suas mãos eternas. É preciso que reconheçamos que Ele tem enxugado nossas lágrimas. É preciso que Deus nos desperte sorrisos e não lamentos. Ninguém vai tocar harpa para Deus jururu. O Deus eterno não tem velório.
Para Deus tornar-se nossa alegria, basta parar para pensar um pouco. Em um pequeno passo em sua vida, qualquer deles, poderá, olhando atentamente, ver a mão de Deus. Ele participou de tudo. Se não fosse Espírito, teria saído em cada fotografia. Não que o ser Espírito o limite, mas que nossa tecnologia é limitada.
Sorte nossa que não temos que pagar-lhe, senão ficaríamos doidos. Ele quer adoração. E adoração é moeda que qualquer alma pode ter. Até os pardais adoram. Eu posso adorá-lo. Você pode. Desde que o conheça e esteja motivado. 

A DEIXA DIVINA


“Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra.”- Salmo 46:10
A fé autêntica produz quietude. O que geralmente ocorre é que, nas circunstâncias que requerem fé, acabamos sendo envolvidos no turbilhão, perdendo o ritmo dela. É preciso aquietar-se. É preciso sair de cena. É preciso ceder o espaço para Deus.
Nossa presunção conspira contra a quietude da fé. Sugere que podemos fazer algo. Que temos forças o bastante. Que temos sabedoria o bastante. Que nossas vivências nos capacitaram o suficiente ou que nossas influências são o necessário.  O discurso da fé é de incapacidade e pobreza. De desconfiança, até. De dizer como o apóstolo: “na minha carne não habita bem algum”.
Nosso desespero também conspira contra a quietude da fé.  Sugere  que alguma coisa precisa ser feita, não importando o que. Alguém precisa tentar algo. Alguém precisa agir. “De que adianta agir sem propósito? Agir sem rumo?” Indaga a fé. O sentimento da fé é o de que se vai fazer algo com Deus. Deus tem a resposta.
Nossa ansiedade também conspira contra a quietude da fé, com o argumento de que, se demoramos, o mal aumenta. Vamos agir logo. Imediatamente. Catalogamos rapidamente algumas saídas e decidimos, também rapidamente, pela mais viável. O futuro vem nos dizer que não foi uma boa escolha.
Nossa imaturidade também conspira contra a quietude da fé.  Não percebemos que precisamos escapar do ritmo doido. Nunca passamos pela experiência, então, absorvemos as circunstâncias em sua integralidade. Sentimos o efeito das coisas como elas chegam. Não seguramos nada. Nossa imaturidade diz: “Deixe-se envolver!”
A fé manda aquietar-se. Ficar calmo. Estar tranqüilo. A quietude da fé nos possibilita o conhecimento de Deus.  A fé nos diz: “Calma! Você precisa ver Deus trabalhar!” Quando vê-lo, constatará que não precisava tanta correria. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.”
A quietude da fé nos possibilita a exaltação de Deus.  A sua glorificação. “Serei exaltado entre as nações; serei exaltado na terra.” Deus é maravilhoso. Ele faz de todo mal uma oportunidade de sua glória. Até a atuação do diabo, ele queira ou não, acaba glorificando a Deus. Se o diabo não estivesse tentando os homens, não seria glória nenhuma escolherem Deus. A glória é que os homens escolheram Deus, apesar das fortes tentações do diabo.
Ouça a fé. Fique quieto, Deus vai revelar-lhe coisas incríveis. Fique quieto, Deus está promovendo a sua glória. A deixa é de Deus. A hora é dele. Abra espaço.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

EM BUSCA DA ESPIRITUALIDADE


“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá, por-me-á sobre uma rocha. Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão ao redor de mim: pelo que oferecerei sacrifício de júbilo no seu tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao Senhor.”- Salmo27:4-6
O cultivo da vida espiritual tem sido esquecido por muitos em nosso tempo. Conspiram contra ele a correria da vida, o comodismo e uma tendência ao materialismo. Deus para muitos já não é prioridade. Sua palavra é dispensável. Sua adoração pode ser adiada. A vida espiritual, a espiritualidade, deve ter o seu lugar em nossas vidas, sob pena de o resto tudo comprometer-se de uma maneira definitiva.
O salmista era alguém atraído pela espiritualidade. Veja que sua oração era definida. Firme. Havia pedido uma coisa a Deus. Havia priorizado algo. Que pudesse morar na casa do Senhor todos os dias da sua vida era o pedido. Mas, não só pedira. Estava envolvido em sua oração. Estava buscando. Pondo a vida no rumo de sua oração.
O que a espiritualidade pode fazer por nós?
A espiritualidade pode proteger-nos.  A atitude de busca incessante do salmista trazia-lhe a proteção divina. No dia em que a adversidade viesse, Deus o esconderia em seu pavilhão. Estaria guardado, protegido.
Deus não desampara os que o buscam. Não abandona os que o valorizam. Talvez você esteja vivendo um dia de prosperidade. Um momento tranqüilo de sua vida. Saiba que a adversidade sempre será uma certeza. Ela virá, por certo. Se não financeiramente, virá socialmente. Se não, socialmente, virá espiritualmente. Se não, espiritualmente, fira fisicamente. A vida tem muitos aspectos e todos eles estão ao alcance da adversidade. Por isso Deus precisa estar ao alcance de sua vida. Prepare-se para a adversidade colocando Deus perto de si. Prepare-se para a adversidade aproximando-se do pavilhão divino.
A espiritualidade pode exaltar-nos.  Se os inimigos levantam a cabeça, Deus pode levantar a nossa mais ainda. É isso aí: a espiritualidade não vai deixar você abaixar a cabeça. Não vai deixá-lo submisso e humilhado pelo mal.
Se a adversidade é um fato, a inimizade é outro. Todos temos inimigos. Quem quer o nosso mal. Pessoas que não nos conhecem e mesmo assim optaram por nos odiar. Pessoas que nos conhecem, mas não se interessam em nos compreender. Não o querem. Isso faz parte da vida. E há inimigos com grande potencial de destruição. Mas, não se perturbe: a espiritualidade pode nos trazer Deus e seu grande poder de livramento. Pode nos trazer Deus, fazendo resplandecer sobre nossa existência a sua glória. Cultive a espiritualidade. Deseje Deus e sua casa. Escolha contemplar a sua formosura e aprender em seu templo.
A espiritualidade pode estimular-nos.  Pode levá-lo a adorar, a “oferecer sacrifícios de júbilo” no tabernáculo de Deus. Satanás sabe disso. Tem conhecimento de que, se estivermos perto de Deus, seremos levados a realizar grandes coisas. Por isso tenta nos por impedimentos à aproximação de Deus. Tenta nos distanciar da sua casa. Nos por longe de seus planos.
Já dialoguei com muitas pessoas desanimadas. Em desânimo extremo. Todas tinham uma mesma característica, um ponto em comum: distanciaram-se de Deus. Estavam sem forças. Totalmente sem entusiasmo. Sem esperanças. Não é bom distanciar-se de Deus. Longe de Deus só enxergamos nós mesmos e nossas limitações. Não há estímulo.
Não jogue fora o essencial. Pessoas já jogaram no lixo documentos, dinheiro, coisas que precisavam, com as quais contavam. Tiveram que correr atrás do prejuízo. A distração produz isso. Faz-nos perder. Não se distraia. Poderá perder também o que é mais precioso. Em nossa distração, podemos perder a espiritualidade, algo importantíssimo. Pelo contrário, envolva sua vida em sua busca.   

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DEIXE DEUS RESOLVER


“Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o inimigo e vingativo.”- Salmo 8:2
Se queremos que Deus aja, é importante sabermos como Deus costuma agir. Precisamos criar em nós uma expectativa do agir divino, isso é fé.
O agir de Deus é inusitado. Quem espera auxílio de criança? Quem espera algum estímulo de recém-nascidos? O salmo, no entanto, nos mostra Deus tirando auxílio, estímulo, da boca das criancinhas de colo. É a lembrança de que Deus pode fazer qualquer coisa. Deus pode nos surpreender. Talvez você esteja vivendo um momento sem expectativas, sem esperança de auxílio, sem um caminho a seguir. Não subestime o poder divino! Deus pode trazer alimento pelos corvos. Pode abrir um caminho no mar. Pode pôr a moeda na boca do peixe. Pode fazer jorrar água da rocha. Pode pôr uma mesa no deserto. Nosso Deus pode fazer qualquer coisa! 
Mas, o salmo nos lembra uma outra característica do agir divino. O agir de Deus é provisional.  Deus age atendendo necessidades. O texto diz que Deus suscitou força da boca das criancinhas porque os inimigos surgiram. Quando os inimigos se levantaram, o milagre aconteceu. É por isso que é importante vivermos com Deus cada dia. Acreditar que Deus estará agindo em cada circunstância de nossas vidas. Deus, por muitas vezes, não nos livrará da fornalha, mas dentro dela. Quantas vezes ficamos aflitos, a calcular o que nos poderá acontecer. A fé verdadeira não age assim, mas apenas descansa na certeza de que Deus estará conosco, não importa a que circunstâncias sejamos  conduzidos. O milagre acontecerá como resposta na hora exata da necessidade.
Por fim, o salmo nos lembra que o agir de Deus é efetivo.  Deus age para resolver, para “fazer calar o inimigo e vingativo”. Deus age para dar um basta. Para trazer paz à alma. Para fazê-la descansar. Há auxílios que às vezes nos oferecem que, buscando-os com um problema, logo estamos com dois. Há ilusão, não solução. Mas, com Deus há solução. Resposta definitiva.
Dizem que Demócrito foi visto perto de um ribeiro que os atenienses utilizavam para banhar-se cuja  água era muito suja. O sábio indagava: ”Onde vão lavar-se os que se lavam aqui?” É verdade, há coisas que não resolvem, apenas aumentam os problemas. Deus resolve. Deus silencia o inimigo. Deus faz a alma descansar. Deixe Deus agir por você!

sábado, 20 de outubro de 2012

O QUE NOS FAZ VOLTAR


“Mas eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo”-Salmo 5:7

A casa de Deus, na verdade, é a casa dos homens. Deus não precisa de um lugar geográfico, pois, é espírito e, como tal, encontra-se em todos os lugares. Não tem as limitações corporais. Quando nos dá templos, Deus está nos dando um lugar para encontrar consigo. É um lugar que nós precisamos, não Deus. O que nos atrai à casa de Deus?

À casa de Deus somos atraídos por sua bondade. Entramos na casa de Deus pela grandeza de sua benignidade. Estamos precisando do bem, e Deus o possui. Não é errado levar à casa de Deus seus dilemas e necessidades. Não é errado levar à casa de Deus suas mágoas e pesares. Não é errado levar à casa de Deus suas preocupações.

Um hino muito cantado nas igrejas em minha infância dizia: ”Teu cuidado leva a Deus, e deixa ali!” Certa feita, cantando numa convenção de pastores, o filho do compositor do hino, após terminá-lo, acrescentou: “Mas, deixa mesmo!” É verdade! Muitos levam o cuidado ao templo  e do templo para casa. Acostumaram-se com ele. A fé espera respostas. A fé não está contando com a convivência vitalícia com o problema.

A bondade de Deus nos atrai à sua casa. Somos bem tratados. Envolvidos em uma atmosfera de paz e compreensão. De alegria e esperança. Por isso retornamos sempre.

Á casa de Deus somos atraídos por sua grandeza. É no temor de Deus que nos inclinamos para o seu templo. Grandeza que produz reverência. Aquele sentimento firme de que Deus não é o homem. De que Deus está acima de tudo. De se estar diante de uma autoridade inquestionável. De uma sabedoria sem deslizes. De uma graça sem arrependimentos.

Quantas vezes o homem se decepciona com os homens. Beethoven decepcionou-se com Napoleão, após compor músicas inspiradas em sua pessoa, descobrindo, posteriormente, que não passava de mais um ditador. Deus não frustra ninguém. Deus não muda. Deus não dá a ninguém a sensação de tolice. Deus é grandioso. Exalta-nos estar em sua presença. Enobrece-nos sua convivência gloriosa. Por isso retornamos à sua casa.

Sair da casa de Deus dizendo-se que voltará novamente. Que estará ali outra vez. Incontáveis vezes. Por quanto Deus é o que mais precisamos.  Isso é obra do próprio Deus.                

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O ACENDEDOR DE CANDEIAS


“Porque tu acenderás a minha candeia; o Senhor meu Deus alumiará as minhas trevas.”-Salmo 18:28
Se disséssemos que confiar em Deus é abolir o sofrimento, não estaríamos sendo corretos. Deus não nos prometeu dias sem lutas. Não nos prometeu uma vida sem lágrimas. Não nos prometeu um existência sem dores. Mas, há algo que nos assegura: sua presença resolutiva e consoladora.
O Senhor alumia as trevas da necessidade.  Acende a luz na hora do desemprego, da dívida, da privação. Mostra novas possibilidades. Faz ver novos rumos, novas portas. Impede que a sua felicidade se vá com a derradeira moeda.
Lembro-me de, há muitos anos atrás, estar ouvindo um  jovem narrar-me o seu testemunho. Como conheceu a Salvação em Cristo. Estado familiar de extrema pobreza. Morando de favor em uma casa velha cedida. Sem luz e sem água. Numa noite uma cristã bondosa bate à porta da velha casa. Duas vasilhas com comida. Entrega-lhes. Senta-se no sofá, no escuro, e lhes fala de Jesus. Luz da melhor maneira. De todas as formas.
O Senhor alumia as trevas da enfermidade. Gosto da expressão de um dos Salmos em que o salmista diz que Deus “faz a cama” do justo, em sua enfermidade.  Já havia imaginado Deus assim? Pois, é assim que deve vê-lo. Há enfermidades pelas quais passamos que os que nos cercam não podem perceber toda a intensidade da nossa dor, do nosso sofrimento. Deus conhece. Deus ajuda. Deus liberta. Pode dar o milagre. Ir além do ponto em que a medicina parou, desanimada, exausta. O senhor pode acender a candeia do enfermo.
O Senhor alumia as trevas da solidão. Da hora que ninguém compreendeu, e a maioria se omitiu. A hora do andar sozinho. Andar entre trevas de tristeza e desânimo. Deus aparece nestas horas. Pede-nos que lhe estendamos nossa lâmpada. Faz a luz brilhar novamente. Então sorrimos com a convicção de que jamais estaremos sós. Há passos divinos na nossa solidão.
O Senhor alumia as trevas da culpa. Do sentimento intenso de que não andamos bem. De que poderíamos ter agido diferente. Termo-nos poupado de todo o estrago que presenciamos. Evitado tantas lágrimas, tanto sofrimento.  Estamos tristes. Olhares baixo. Ombros curvos. Passos cansados. Densas trevas. E, novamente, nos pede Deus que lhe estendamos nossa lâmpada, Deus veio desfazer nossas trevas.  
Ei! Não baixe a candeia. Não se afunde nas trevas. Não prossiga arrastando os pés na senda da dor.  Deixe Deus alumiar as suas trevas.  Deixe Deus acender a sua luz!  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

QUEBRANDO O GELO


“Todavia, estou de contínuo contigo; tu me seguraste pela minha mão direita.”- Salmo 73:23
Um dia o tempo terá passado. O cabelo embranquecido. Terá acenado a mão em muitas despedidas. Terá sorrido muitas vezes. Chorado, outras tantas. Estará plenamente convencido de que sua vida não é mais aquela de vigor, de disposição, de plena sensibilidade.
Deus estará com você.
Há algumas coisas que tornam a presença de Deus insubstituível, incomparável. Esta é uma delas: a presença de Deus é constante. “Eu estou de contínuo contigo”, diz o salmista. Por mais que se alterem as circunstâncias da vida, Deus não deixará o seu lugar. Por mais que amigos se vão ou o abandonem, Deus jamais o abandonará A presença de Deus nos dá até mesmo aquela ousadia do pastor que, chegando esbaforido à igreja seu secretário e lhe avisando de que o comentário no centro da cidade era de que o mundo ia se acabar, respondeu: “Que se acabe! Podemos bem viver sem ele!” Nós só não podemos viver sem Deus, o resto é resto. Precisamos tê-lo conosco. Vê-lo caminhando junto de nós.
Mas, a presença de Deus é afetuosa. “Tu me tomaste pela minha mão direita”. Veja que a iniciativa é de Deus. Deus podia estar, mas estar distante. Enfatizando a transcendência. Salientando as diferenças. Destacando a soberania. Deus quebra esse gelo. Anula o protocolo. Segura a sua mão. Quer ser Deus, mas quer ser pai. Quer ser temido, mas quer ser seu. Quer ser sábio, mas quer que você o entenda.
Nunca ponha Deus longe de sua alma, porquanto nós é que, às vezes, nos distanciamos. Distanciamo-nos pela prática do mal, pelo descaso com sua vontade. Distanciamo-nos pela dúvida. Distanciamo-nos pela indiferença. Deus estará sempre procurando sua mão.
A presença de Deus, por fim, é capacitadora. Quando Deus segura nossa mão direita, deixa sua livre para atuar por nós. E é o que precisamos. A mão direita de Deus, a mão que centraliza a capacidade, à nossa disposição. Atuando por nós. Oferta de cuidado. De presteza. De poder.
Não relute. Não se distancie. Deixe Deus segurar firme sua mão.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

QUANDO TUDO FALHAR


“Leva-me para a rocha que é mais alta do que eu”.- Salmo 61:2
O que fazer quando ser vitorioso significa matar o próprio filho?
Rebelião em Israel.  Absalão, filho de Davi, usurpa-lhe o trono. Ilude o povo. Denigre a imagem do pai. E, Davi? Foge. O que não costumava fazer. Era homem de luta. De guerrear. Mas, o inimigo era seu filho. A fuga, no mínimo, adiava suas decisões.  
Davi amava Absalão. Matá-lo estava no rol das coisas difíceis. Impossíveis.  Davi , familiares e súditos saíram chorando da cidade pelo caminho do ribeiro de Cedrom, passando pelo Horto das Oliveiras. Fugia, não para morrer, mas para não ter que matar. Fugia para não pensar. Porque não conseguia mais pensar.
A vida nos impõe dilemas terríveis. Como resolver uma situação assim?
Davi sentiu solidão. De repente, sentia-se como se estivesse vagueando nas extremidades da terra. Distante. Longe de tudo que havia de bom. O coração doía. Traído por um filho. E, por Absalão. Davi sentia-se pequeno. Limitado. O que pedir a Deus?
Voz embargada. Lábios trementes. Olhos semicerrados, lacrimosos, ora: “Leva-me à rocha que é mais alta do que eu!” A vida pedia mais do que possuía. O rei esbarrava nos seus limites. Sentia quão parcos eram seus recursos.
Há momentos em que precisamos ter muito mais do que possuímos. Precisamos de mais forças do que as forças que temos. Precisamos de mais sabedoria do que a vida nos doou. Precisamos de sentimentos superiores aos nossos. Precisamos ascender. Subir. Ir mais alto. Para uma posição à qual só Deus poderá levar-nos.
Talvez esta minha crônica o encontrou assim. De braços com um dos maiores dilemas de sua vida. Há uma rocha mais alta. Um lugar especial. Além do que somos. Além do que temos. Uma situação melhor. Infinitamente melhor, onde jamais sentiremos solidão, porque Deus está perto. Ele nos terá levado ali.
Não vagueie pelas extremidades da terra: refugie-se no que Deus preparou.   

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DANDO HONRA AO TOLO


“Como o que prende a pedra preciosa na funda, assim é aquele que dá honra ao tolo.”-Provérbios 26:8


A funda equivale ao nosso estilingue, com a diferença de que o ímpeto para a pedra era dado por rodá-la várias vezes. O ímpeto à pedra é dado, no estilingue, por uma ação elástica. Mas, o propósito era o mesmo:  atingir algo ou alguém, atacar. Arma rústica, hoje, infantil, não deixando de ser perigosa.   As pedras usadas no estilingue, também, costumam ser menores, mas, tanto em um, como em outro, ninguém utiliza pedras preciosas. Seria insensatez.
É isso! Uma insensatez!  Colocar pedras preciosas na funda ou no estilingue é falta de juízo.Tamanha falta de juízo só é equivalente a uma coisa: dar honra ao tolo. É isso que o texto afirma. É a comparação que o texto faz.
O que dá honra ao tolo perde em eficácia. O tolo é superficial e pretensioso. Não saberá se desincumbir da missão, realizar a tarefa a contento. Em vez de resolver problemas, há de aumentá-los. Gastar-se-á mais tempo. Desperdiçar-se-ão recursos. Haverá mais intrigas, mais contendas e dissabores. Tal como quando se utiliza na funda pedras preciosas. Pedras menores, sem o efeito necessário. Pedrinhas, quando a ferocidade e astúcia do inimigo exigem uma ação decisiva. Ainda que se empenhasse mais força, a pedra seria fraca. Pedras preciosas são ornamentos. Finas. Atraentes. Pequeninas. De valor, mas sem eficácia para o propósito.
Se quer eficácia, não conte com o tolo. Se quer resultado, não o envolva. A não ser que  esteja desejando deixar sua tolice. Mas, isso será um longo processo. Talvez até um desaprendizado.
O que dá honra ao tolo perde em reputação. O que diriam de você, fosse o heróico Davi, mas, utilizando-se de pedras preciosas na funda? Diriam que endoidou. Que você é o tolo. Isso em lugar nenhum da terra soaria bem.  Se tem zelo pelo seu nome, não honre o tolo. Você será desonrado.  Tripudiarão sobre o seu nome. Colocarão sua história na lata do lixo. De nada valerá ter matado o urso e o leão, você utilizou pedras preciosas na funda. Fez-se tolo.
Esta é uma reflexão para líderes. Você que lidera alguma coisa. Uma empresa. Uma denominação religiosa. Uma prefeitura. Qualquer coisa. Ponha o tolo no seu devido lugar ou diga a ele que deixe de ser tolo.
O que dá honra ao tolo perde em felicidade. Se colocar pedras preciosas na funda, vai perdê-las. Não poderá utilizá-las para o que precisam ser usadas. Honre o tolo, e ele lhe tentará provar que não precisa aprender mais nada. Que não tem que mudar em coisa nenhuma. Permanecerá sempre superficial e pretensioso. Um desperdício, porquanto  toda vida existe para um propósito. Deus tem um propósito para cada homem e cada mulher nesta terra. É necessário que enxerguemos nossas limitações, para que Deus nos dê o crescimento necessário. É necessário que estejamos cônscios de até onde podemos chegar, para que Deus nos conduza adiante. É necessário que reconheçamos que somos fracos, para que a graça de Deus nos baste.
Palavras sábias de um homem sábio. Princípio eterno, inspirado por Deus, que tem a eternidade em seus atributos.
    

domingo, 14 de outubro de 2012

NÃO HAJA SILÊNCIO EM VÓS!


“Ó Jerusalém, sobre os teus muros pus guardas, que todo o dia e toda a noite de contínuo se não calarão: ó vós, os que fazeis menção do nome do Senhor, não haja silêncio em vós!”- Isaías 62:6
Jerusalém e Sião definem um mesmo lugar: a cidade que Deus escolheu. Jerusalém e Sião definem também, num simbolismo, a Igreja de Deus. Deus está sempre atento ao seu povo. Tem propósitos para ele. Tem cuidados para o seu povo. Tem recursos ao seu serviço.
O Senhor tinha um propósito de prosperar Jerusalém. Havia pensado em exaltá-la, porém, o grande risco é o povo ou o homem perder-se dos propósitos divinos. Por isso  Deus põe seus guardiões. São servos seus para reavivar o propósito divino. Deus tem pessoas que usa para esse mister. Guardas sobre os muros, vidas atentas. Pessoas que enxergam mais distante, que discernem mais. Sobre elas repousa a responsabilidade do propósito divino. São líderes, homens e mulheres, até crianças. Pessoas que entendem a hora; que discernem os motivos; que entenderam a visão.
Há uma preocupação de Deus para com estas pessoas. Precisam ser firmes, perseverantes. Precisam ser imbatíveis, denodadas. Precisam estar no seu lugar. Deus resume sua preocupação numa advertência: “Não haja silêncio em vós.” Só podem calar-se quando o propósito for atingido, quando o que Deus planejou concretizar-se.   
Falo com você, que é líder na obra de Deus. Você que está sobre o muro, não da indecisão, mas da responsabilidade espiritual: “não se silencie!” Deus conta com você. Ele o tem posto em seu lugar.
Deus não quer que você se acomode.  É simples isentar-se. Não sofrer dores ficando distante e indiferente. Deixar “ a coisa andar, para ver onde é que chega”. Ficar calado. Quieto.
Muita gente até deseja que você aja deste modo. Deus não! Não o pôs sobre o muro para que misturasse seus sentimentos com os dos outros.  Não o pôs sobre o muro para cochilar, apenas esperando as recompensas. Sobre si pesa uma responsabilidade grande. O sucesso dos propósitos  divinos conta consigo. Não adote a visão de todos. Não aceite ver tudo como comum. Não aceite a visão dos que dizem que tudo deve ser mesmo deste jeito. Que não há mudança. Que não existe esperança mais. Que tudo é relativo. Deus quer que a sua voz se destaque da voz da multidão. Deus precisa que ela ouça os seus gritos.
Deus não quer que você se acovarde. Que retroceda  com medo dos sofrimentos. Que volte atrás por causa das “caras feias”. Que exagere a sua visão dos riscos. Quem tem Deus não precisa temer os riscos, quando a Ele obedece.
Não deixe que as ameaças o silenciem. Não busque esconder-se nas suas fraquezas, mas, refugie-se no poder de Deus. Homens e circunstâncias são transitórios, o propósito de Deus é eterno.
Deus não quer que você se distraia. Se tivesse licença para distrair-se, não teria sido posto sobre o  muro.  Quem está sobre o muro tem função de vigilância. Deve estar alerta. Postar-se atento. Aguçar visão e audição.
Se fizer silêncio, ninguém será estimulado. Se fizer silêncio, ninguém receberá consolação. Se fizer silêncio, Deus não será exaltado.
O inimigo talvez esteja tentando lhe convencer a descer do muro.  Tem outras tarefas. Aponta opções. Argumenta que obedecer a Deus é maçante, monótono. Que está perdendo. Não desça! Deus conta com você. Você está envolvido no mais alto propósito.  

UMA ATITUDE MARCANTE


“Amo ao Senhor, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica”.-Salmo 116:1
Vivemos num mundo de muitas falas e poucas oitivas. Mundo de pouca atenção. Ouvir é importante, razão porque recebemos uma só boca e dois ouvidos.  A atenção fortalece o amor. Incentiva-o.  Deus sabe disso e por isso nos ouve.
Bem , porque ouvimos mal? Ouve-se mal por causa da pressa. Vivemos num mundo de correria. A mil por hora. Não temos tempo para nada e queremos ouvir as pessoas enquanto corremos. Elas que nos alcancem, se querem falar! E, por vezes, somos obrigados a ouvir tais pessoas, sentados, parados...e chorando. Arrependidos. Por que não parar agora? Deus dá-nos atenção. Deveríamos aprender com ele!
Ouve-se mal ainda por causa da arrogância, do orgulho. O orgulho e a arrogância distanciam as pessoas. Baixamos o olhar, quase onipotente. Impaciente, também. Como a dizer: fale, gentalha! É o ouvir de quem não quer ouvir. Ouvir sem interesse de quem só quer ser ouvido. Deus é grande, contudo a ninguém despreza. Por vezes, dá-se o contrário conosco. Somos pequenos, contudo a ninguém recebemos. Deus dá-nos atenção. Atenção sem barreiras, sem preconceitos.
Ouve-se mal, ainda, pela desconfiança. “O outro é um bandido. Não deixe que lhe fale. Poderá fazer-lhe mal”. “Corra, enquanto ele está falando”. Há muitas pessoas que não conhecemos porque estamos assustados com elas e estamos assustados com elas porque não as conhecemos. Já se deu conta disso?  Deus não se assusta com ninguém. Nem tem do que desconfiar. Já sabe tudo. Deus dá atenção. Apenas ouve, e isso é muito bom para nós.
Amamos Deus por isso. Deus não é como Baal nem Aserá. Deus nos ouve. Inclina os ouvidos, como a dizer: “Sou só ouvidos! Pode falar!” Não importa o que vai falar. Como vai falar. Meu pai conta a história de um crente simplório que se mudou perto de uma igreja sofisticada. Foi congregar ali e o pastor lhe abriu a oportunidade de orar, de interceder. Fez uma oração doida. Bagunça mesmo. Misturando Deus com Jesus Cristo, Português com línguas estranhas, orou. O pastor chamou-o de lado. “Orar é falar com uma autoridade. Tem que ser reverente e organizar o assunto.” O simplório até que tentou, mas não conseguiu fazer uma oração rebuscada, organizadinha. Voltou para o pastor e disse: “Olha, pastor, acho que não deveríamos nos preocupar. Foi sempre assim: quando mando, mando tudo bem bagunçado, mas, quando vem, irmão, vem direitinho!”
Quer ser amado? Aprenda com Deus a ouvir. Ainda que o falar seja difícil.


sábado, 13 de outubro de 2012

A ALEGRIA DA SALVAÇÃO


“E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação.” – Isa.12:3
A salvação do homem é uma dádiva divina. Deus a colocou, como fontes, no deserto da vida. A deixou ao nosso alcance. Bem acessível.
Como nos aproximamos dela? Como usufruímos da Salvação que Deus providenciou?
 Isaías nos faz ver a cena. Um povo correndo às águas com suas vasilhas vazias, com seus odres ressequidos. O burburinho das vozes. Os risos das almas exultantes.
Tenhamos a alegria da alma vitoriosa. Aquela que estava prestes a perecer, sem chance, desesperada. Éramos o povo junto ao mar, cercado pelos montes intransponíveis e perseguido pelo exército do inimigo. Sem escape. E Deus abriu um caminho no mar. Éramos fracos para enfrentar o inimigo. Levantando-se e caindo. Levantando-se e caindo. Mas, Deus fez fortes os nossos braços. Éramos abandonados à sorte, esperando para morrer, mas, Deus nos deu vida.
O saudoso presbítero Genésio Gasperi contava o testemunho de um seu filho na fé por nome Abílio.  Um bêbado conhecido em uma cidade do Paraná. Era visto caído nas sarjetas. Trabalhava na roça e, quando ia à cidade fazer compras, bebia e ficava pelas sarjetas. Um dia ouviu o Evangelho. Converteu-se. Nunca mais bebeu. Passou-se o tempo e, num determinado dia, vindo à cidade fazer compras, passou pelo lugar onde costumava ficar caído. Olhou. Olhou. Não resistiu: caiu de joelhos para agradecer. Emocionou-se. Sentiu a presença de Deus e foi batizado com o Espírito Santo. Vitória sobre vitória. A alegria da alma que está vencendo pela salvação que Deus preparou.  A alegria da alma que não é mais vencida, da que tornou-se vencedora.
Tenhamos a alegria da alma satisfeita.  Que vivia peregrinando pelo mundo, numa busca incessante, mas, que acaba de encontrar o que precisava. Da alma que andou por seitas. Da alma que percorreu tradições. Da alma que experimentou modismos, que vasculhou vícios. Um antigo hino americano assim se expressa:
                          “Qual bebê sem seu pai a chorar;
                           Sem ninguém para lhe confortar;
                           Encontrei o bom Mestre,
                           Que veio me salvar!”         
Era esse o estado das nossas almas. Busca constante. Busca frustrada. Mas, chegou  o fim da peregrinação. A alma encontrou fontes borbulhantes. Refrigério suficiente. Recurso adequado.
Não terá mais saudade das veredas antigas. Lançou fora suas humilhações. Tirou os olhos de suas miragens. Sentirá que está bem. Dirá que está bem.
Tenhamos a alegria da alma valorizada. Não valíamos nada; não éramos nada, mas, Deus preparou fontes para nós.  Não merecíamos fontes. Não esperávamos possuir fontes. Deus deu fontes para nós.
Retire as águas com alegria. Não deixe que satanás o convença de insignificância, de desvalor. Não deixe que seu discurso de humilhação penetre em sua alma. Deus tem um grande propósito em sua vida, por isso lhe preparou fontes.
Alguns pretendem que o Cristianismo seja um cortejo funéreo. Cristianismo é o burburinho das vozes. É o entusiasmo das almas. É o riso dos que triunfaram. Contagiante. Influente. Transformador.                              

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TRABALHANDO COM ESPERANÇA


“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.”- Hebreus 6:9
O trabalho pastoral não é um trabalho fácil, porquanto trabalha-se no mesmo com pessoas, e pessoas são complexas. Alguém refere que chegou a contar duzentas e oitenta teorias dentro da Psicologia. Esforços de entender pessoas. Por as pessoas serem complexas, torna-se necessário o trabalho com esperança. É isso que o escritor externa. Ele esperava coisas melhores de seus leitores, de seus discípulos.
Como o pastor consegue trabalhar com esperança? De onde retira tal esperança?
Primeiramente, a esperança pastoral decorre dos sentimentos pastorais.  Faz questão de salientar que são seus “amados”. Há um vínculo sentimental forte. O verdadeiro  pastor ama suas ovelhas e o amor sempre produzirá esperança. Torcemos por coisas melhores para os que amamos, por coisas melhores dos que amamos.
O amor pastoral ambiciona que a incredulidade se torne em fé. Que a cegueira que está sobre os olhos se desfaça e o auxiliado possa contemplar a grandeza divina. Ambiciona vê-lo andar com ousadia, passo firme, destemido. Deseja vê-lo deixar o pessimismo de lado e impregnar sua alma das promessas divinas. 
O amor pastoral ambiciona que toda tristeza se torne em alegria.  Que toda mágoa seja desfeita. Que toda lágrima seja enxugada. Perturba-lhe o choro dos fiéis. Incomoda-o sobremaneira.
Lembro-me de quando meus filhos eram pequenos e adoeciam. Passei noites inteiras, após lhes haver dado algum remédio, esperando que a febre desaparecesse  totalmente. Incomodava-me o seu mal, a sua enfermidade, sobremaneira. Assim é também no ministério pastoral. Vemos Paulo exclamar aos Gálatas: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós!” (Gálatas 4:19) A tristeza incomoda o que ama.
O amor pastoral ambiciona que toda passividade se transforme em serviço dedicado para Deus. Há tanto para ser feito e, por vezes, o pastor se vê como o barqueiro descrito por Orlando Boyer, o qual, havendo tantas pessoas para salvar em um naufrágio, orava a Deus: “Senhor, me arruma um barquinho maior!” Pastores sentem a grandeza da tarefa e desejam envolver mais trabalhadores. Trabalhar para Deus é sinal de se estar com saúde espiritual.
Um grande desafio ao pastor é, sem dúvida, o aparecimento da falsa ovelha, o lobo. A presença do lobo mexe com o discurso. Acrescenta um “ainda que assim falamos.” O lobo preocupa o pastor e inquieta as ovelhas, transtornando ou tentando transtornar o ambiente de amor que tanta esperança produz. O lobo não é ovelha, tentando se passar por uma.
Em segundo lugar, a esperança pastoral decorre das convicções pastorais.  O escritor está lembrando que a Salvação não é vazia, inativa, mas, possui resultados. Há coisas que a acompanham. Como anunciar a salvação em Cristo sem crer nesta salvação?
A salvação produz coisas boas. O pastor acredita que a salvação produz uma intimidade com Deus proveitosa. Que dos momentos de comunhão divina sobrevirão mudanças gloriosas. É impossível que se tenha uma comunhão intensa com uma pessoa sem que se seja influenciado pelo seu ser. As pessoas com as quais mantemos comunhão sempre nos influenciam e, se mantivermos comunhão com Deus, seremos santamente influenciados. O pastor crê que, a partir da salvação, há uma comunhão nova e verdadeira do fiel com Deus e logo serão verificadas mudanças.
O pastor acredita que a salvação produz experiências com Deus proveitosas. Uma ousadia que não era encontrada. Uma busca de aventura sobrenatural eficaz. Quem não ousava, quem não queria sequer viver mais, de repente é tomado de um heroísmo, de um pioneirismo, de uma força indescritível.
Os pastores têm sido conhecidos como homens de fé. São de fé e de esperança. De uma insistência incompreensível. Por vezes, tidos como constrangedores, até. Se “em esperança somos salvos”, em esperança nos tornamos pastores.   

CAMINHANDO COM DEUS


“Porque contigo entrei no meio de um esquadrão, com o meu Deus saltei uma muralha.”-Salmo 18:29
Ah! As experiências com Deus são surpreendentes, inacreditáveis. Experiências que nos marcam. Inesquecíveis. O que você já fez caminhando com Deus?
 Quando caminhamos sozinho, paramos fácil. Facilmente desistimos. Facilmente desesperamos. Dos dias de solidão há tão pouco para contar. Nada que valha a pena. Nada que faça palpitar o coração. Nada que inspire.
Mas, com Deus, somos tomados de uma coragem incompreensível. O esquadrão está ali. Inimigos em seguida, como a não se acabarem. Que importa? Caminhamos, e as pernas não tremem. Avançamos, e  a mente não titubeia. Não estamos só. Temos uma alta percepção do risco, do perigo, mas, Deus está conosco.
Se há encorajamento, o que dizer do otimismo que a presença de Deus nos dá! Parecemos alunos em feriado. Alegres, preparados para qualquer coisa. Até para saltar muralhas. Sem medi-las, avaliá-las. Apenas porque estão à frente, e precisamos prosseguir. Estamos com Deus, entende?
Contar para Deus o que Ele já sabe? Narrar para Deus o que Ele presenciou? Às vezes fazemos isso. Talvez pela dor do passado. Talvez pela emoção do presente. Mas, sempre, como a argumentar a Deus, quais crianças preocupadas: “Está vendo, Senhor: não posso mais andar só!”        

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

UM ILUSTRE DESCONHECIDO


Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.-João 2:5

Obediência incondicional: era a ordem de Maria. Não omitam nada. Não se indisponham. Ele deve ser obedecido.
Festa esperada. Festa pujante.  Convidados felizes, entusiasmados. Festa oriental sem vinho não é festa. O vinho representa a alegria. O vinho é secular.
Jesus? Um convidado. Sua mãe era a grande conhecida. Pessoa terna. Sensata, porém, totalmente limitada. O fracasso lhe chegou como notícia. Um lamento pelos convivas. Um lamento pelos noivos.
Alguém precisava apresentar Cristo, pois, conhecer Maria não era suficiente. E, Maria apresentou-o. Há uma solução. Há uma porta. Há um remédio: façam tudo o que ele vos disser! Por que devemos obedecer a Cristo?
 A ordem brota do EXAME DAS CIRCUNSTÂNCIAS.  
Era um evento importante. Aquele casamento seria um evento único na vida do jovem casal. Poderiam renovar os votos posteriormente, mas, aquele era um momento único.  Uma grande expectativa o envolvia. O fracasso nos detalhes da festa tinha o poder de estragar muito dela. Coisas marcantes merecem tratamento carinhoso. Merecem atenção. Paga-se preço alto na vida, quando não se dá a devida importância às coisas. Coisas de grandes consequências, de grandes influências.  Se há algo importante da sua vida em risco, é bom obedecer a Cristo incondicionalmente. 
Era uma necessidade urgente.  A festa não podia ficar esperando.  A premência de medidas em nossa existência nos põe em altos riscos. O desespero é exagerador. A pressa é inimiga da perfeição. Como saber, com certeza, em situação de emergência, qual a melhor atitude?  A melhor atitude, aconselhava Maria, era obedecer a Cristo.
Era uma situação impossibilitante.  Como poderia o jovem casal sair do centro das atenções para buscar vinho, negociá-lo? Já se sentiu assim? Há algo para fazer; você precisa fazer; mas não pode fazê-lo?  É quando se chega à conclusão de que um milagre tornou-se necessário. Obedecer incondicionalmente a Cristo é o conselho de Maria.
A ordem brota do CONHECIMENTO DE CRISTO.
Maria estava afirmando que Cristo sabe o que fazer. Quando a mente se embaralha. Quando a cabeça dói. Quando não enxergamos mais nada. Cristo sempre saberá o que fazer.  Vai tomar o leme como hábil navegante, quando você estiver sentado ao lado , desfalecido, apenas esperando a tragédia, aguardando o fim. Conhece todo o percurso. Percebe todos os detalhes. Visualiza cada elemento. “Obedeçam a ele incondicionalmente”, era o conselho de Maria.
Maria estava afirmando que Cristo pode fazer o necessário.  Cristo pode fazer diferente. Pode ir além das expectativas humanas. Pode romper as amarras das limitações dos convidados. Pode surpreender os noivos. Pode tornar o momento inesquecível. Pode consertar o inconsertável. Pode reverter o quadro. “Obedeçam a ele incondicionalmente”, dizia Maria entre os copeiros.
Maria estava afirmando a voluntariedade de Cristo. Estava dizendo: Ele quer ajudar.  Cristo quer ajudar! Há muita gente no mundo que sabe fazer determinadas coisas, podem fazê-las, mas não querem. Cristo tinha interesse. Uma natural compassividade. Uma benignidade intrínseca. O desejo de fazer brotar sorrisos. De enxugar lágrimas. De ver a festa em alto estilo.
Termino aqui. Não sei a braços com qual problema você se encontra. Obedeça-o incondicionalmente. Não foi à toa que se pôs em seu caminho. Não foi à toa que entrou em sua vida. Talvez, como um ilustre desconhecido. Ele é um poderoso Salvador.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O DESAFIO MISSIONÁRIO


De noite apareceu a Paulo esta visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. E quando ele teve esta visão, procurávamos logo partir para a Macedônia, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciarmos o evangelho.                    ATOS 16:9,10

         Para se fazer "missão", necessário é que se entenda "missão". Não existe empenho sem entendimento. No entendimento está a motivação missionária. Penso que é por isso que não são muitos na Igreja os envolvidos com missão. Falta-lhes uma visão precisa do que é a obra missionária.
         Tenciono, nesta oportunidade, valendo-me de um fato da história bíblica, analisar com você o desafio de missões.
         Lucas está narrando o fato. As figuras centrais eram Paulo e Timóteo. Paulo estava empenhado em passar para as igrejas novas as decisões da sede, de Jerusalém. Desejaram pregar na Ásia, o Espírito não autorizou. Na Bitínia, também o Espírito não lhes permitiu. Para onde iriam agora? De noite Paulo teve uma visão: um homem macedônio se apresentava dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.
         A primeira coisa que nos chama a atenção neste fato é A FONTE DO DESAFIO MISSIONÁRIO. O Espírito Santo não lhes permitiu a viagem para a Àsia. Não lhes permitiu a ida à Bitínia. Através de uma visão, os levou à Macedônia. Estes fatos nos demonstram que a obra missionária é dirigida pelo Espírito Santo. O local a ser evangelizado é definido por Ele.
         Amigos, o investimento missionário não pode ser dirigido pelos nossos temores. Se assim acontecer não é Deus que está na direção- Deus não tem temores.Os nossos temores existem por causa das nossas limitações. Estão inteiramente baseados em nós. Dirigidos pelos temores, jamais Vingren e Berg teriam chegado ao Brasil. Também Carey à Índia. Estes homens calaram seus temores com uma fé viva em Deus. Com uma forte convicção que o Espírito Santo os mandava ir, e, se os mandava, era capaz de os proteger.
            O investimento missionário sequer pode ser dirigido pelos nossos prazeres. De repente, confundirmos missão com turismo. Estarmos na terra em que nos sentimos bem. Seria um decisão inteiramente nossa. Não estaríamos buscando agradar a Deus, mas um auto-agrado. Se buscasse atender a prazeres, jamais Orlando Boyer teria vindo ao Brasil para, percorrendo os Estados do Nordeste no lombo de jumentos, anunciar a Palavra, e o Brasil teria perdido seus grandiosos frutos.
        O investimento missionário não pode ser dirigido pelas nossas oportunidades.  O Espírito Santo pode, na obediência a Ele, criar para nós oportunidades, mas, não, nós condicionarmos o Espírito Santo às oportunidades que nos surgiram na vida. Muitos disseram: Vou para o exterior a Trabalho, mas, trabalhando lá, na verdade serei um missionário. Mera pretensão! Não sobrou tempo: a busca pelo dinheiro não lhes deixou testemunhar.
         O investimento missionário tem que ser dirigido pelo Espírito Santo. É ele que, como no fato bíblico, dizendo "não" e "sim" irá nos mostrando o caminho. É imprescindível estar atento à sua voz.
         Bem, a segunda coisa que nos chama a atenção neste fato é A NATUREZA DO DESAFIO MISSIONÁRIO. O homem da visão rogava: "Passa à Macedônia, e ajuda-nos." É esta a essência do desafio missionário.
         É um desafio aos nossos sentimentos. Estávamos acostumados a querer bem apenas à nossa Pátria e seus filhos, agora adotaremos mais um país. E, tem que ser assim! Não pode o que vai como missionário ficar depreciando as coisas do país em que trabalha em comparações ao seu próprio país. Não pode se ater às diferenças culturais, tomando-as como barreira. Irá, talvez, para um país muito mais atrasado. Terá que ter disposição de sentimentos para aceitar viver uma situação de ausência de comodidades que jamais teria em sua nação. Para "ajudar os macedônios", tenho que adotá-los de coração.
         É um desafio ao nosso intelecto.  Quando pensávamos que já tínhamos aprendido tudo o que precisávamos para a nossa existência, somos levados a começar do nada em outro país. Vamos começar o estudo de um idioma- em alguns países há mais que um! Vamos começar a aprender alguns significados de gestos e de costumes de um novo pais. As nossas capacidades mentais serão exigidas. Para "ajudar os macedônios", tenho que aprender seu idioma.
         Passar à Macedônia é, também, um desafio à nossa saúde. Seu clima não o clima de nosso país, suas condições de vida não são aquelas às quais estamos acostumados. Nosso corpo adquire imunidades às doenças quando convive com elas, mas, vamos à um lugar onde há doenças com as quais nosso corpo jamais conviveu. Esforços aos quais nossos corpos jamais foram submetidos são exigidos ali.
         Passar à  Macedônia é, também, um desafio à nossa espiritualidade. Se vamos para ajudá-los temos de ter espiritualidade suficiente para compartilhar. Temos que ser mais crentes que eles. Mais consagrados que eles. Mais cheios do poder de Deus que eles. Que tarefa a do missionário. Além das preocupações todas que têm, acrescenta-se a de estar sempre "com o vaso cheio" do azeite celestial.
         Bem, a terceira coisa que nos chama a atenção neste fato é A RESPOSTA AO DESAFIO MISSIONÁRIO. Paulo e seus amigos atenderam ao desafio missionário sem hesitação. "Procurávamos logo partir para a Macedônia". Por que Paulo tinha tanta urgência?
          Paulo estava cônscio da necessidade dos Macedônios.  Ele sabia que o pedido de ajuda do homem da visão era sério. Há muitos que ainda não entenderam a necessidade dos povos. Acham que fazer missões é uma presunção. Outros acham que é uma ilusão. Escute: fazer missões é ajudar pessoas da forma mais efetiva que existe. É transformá-las pelo poder de Deus. Os Macedônios precisavam da libertação do Evangelho. Precisavam da sua consolação. Precisavam da sua cura. A benção deles não podia ser protelada.
         Paulo estava cônscio da sua capacidade de ajudar.  Tinha ajudado tantos povos- podia ajudar os Macedônios. O homem é o mesmo em suas necessidades espirituais. A salvação de Deus é para o mundo inteiro. Todo cristão pode ajudar o mundo. Quando Carey desejou ir à Índia, no parlamento inglês alguém o interpelou: "Você acha que, se Deus quisesse salvar a Índia, ia precisar de você?" Mas, ele quer contar com todos nós para salvar os povos. Jesus disse de seu povo: "Vós sois a luz do mundo!"
         Paulo estava cônscio da sua responsabilidade diante de Deus.   Uma declaração de Jesus sobre si jamais havia saído de seu coração, a de que ele seria um vaso escolhido para levar seu nome aos gentios.Veja o que diz de sua consciência:"Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes."(Romanos 1:14) Sabia que Deus esperava que ele testemunhasse, e não queria ficar em falta com Deus.
         O desafio de missões está lançado. Como você responde a ele?
Algo precisa ser feito. Creio que nesta hora o Espírito Santo tem falado ao seu coração. Envolva-se com missões. Responda ao desafio missionário. Ore, contribua para missões. Se enviado pelo Espírito: VÁ!