quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O TSUNAMI “LISONJA”


“A boca lisonjeira obra a ruína.” (Provérbios 26:28)
A lisonja é a bajulação interesseira. Não é o enaltecimento dos méritos de alguém. O enaltecimento dos méritos é o elogio. Espontâneo. Natural. Humilde. O bajulador, na verdade, está seguro apenas de seus méritos. Está convencido de que é muito inteligente e fará com que alguém “morda a isca”.
O elogio é bom. Estimula. Por vezes “tira leite de pedra”. Faz com que uma pessoa se supere.  O elogio é altruísta. É dedicado. Atencioso. A bajulação é baixa, mesquinha e destruidora.  Puro egoísmo. Carona. Indiferente, cega e destruidora, como um tsunami.
A lisonja destrói a comunhão. Acaba com aquela “bilateralidade” necessária. Alguém está ali só pensando nele. Vendendo tudo. Beijando o beijo de Judas. Pomposo. Teatral. É isso que a torna terrível: a sua eficácia dependerá da exploração da boa-fé do outro. Levará isso até o extremo. Precisa que o engano perdure. Que o enganado se envolva.
 A comunhão fica a ver navios.  Quando sua falsidade se descobre, então, o dano é perpetuado.  Sem chances.
Mas, a lisonja destrói o crescimento. Não é comprometida com a verdade que lida com o que tem e com o que falta. A lisonja afirma, na maioria das vezes, o que não  existe. Sua ferramenta principal é o exagero. Espalha pelo mundo a ilusão. Convence o homem de que já chegou no ápice, que pode parar ali. Uma criadora de monstros, que não se preocupa com consequências para o enaltecido. Eis porque o seu maior inimigo é aquele que o lisonjeia. Quer que você adote uma ilusão. Que estacione. Que morra à míngua.
Está assustado? Não deve. Se viver assustado com a lisonja, pode acabar perdendo as dádivas do elogio. Ouça tudo com calma. Pergunte-se se há verdadeira isenção. Esta é a atitude chave. (NML)   

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