“A boca lisonjeira obra a ruína.” (Provérbios
26:28)
A lisonja é a bajulação interesseira.
Não é o enaltecimento dos méritos de alguém. O enaltecimento dos méritos é o
elogio. Espontâneo. Natural. Humilde. O bajulador, na verdade, está seguro
apenas de seus méritos. Está convencido de que é muito inteligente e fará com
que alguém “morda a isca”.
O elogio é bom. Estimula. Por vezes “tira
leite de pedra”. Faz com que uma pessoa se supere. O elogio é altruísta. É dedicado. Atencioso.
A bajulação é baixa, mesquinha e destruidora.
Puro egoísmo. Carona. Indiferente, cega e destruidora, como um tsunami.
A lisonja destrói a comunhão. Acaba
com aquela “bilateralidade” necessária. Alguém está ali só pensando nele.
Vendendo tudo. Beijando o beijo de Judas. Pomposo. Teatral. É isso que a torna
terrível: a sua eficácia dependerá da exploração da boa-fé do outro. Levará
isso até o extremo. Precisa que o engano perdure. Que o enganado se envolva.
A comunhão fica a ver navios. Quando sua falsidade se descobre, então, o
dano é perpetuado. Sem chances.
Mas, a lisonja destrói o crescimento.
Não é comprometida com a verdade que lida com o que tem e com o que falta. A
lisonja afirma, na maioria das vezes, o que não
existe. Sua ferramenta principal é o exagero. Espalha pelo mundo a
ilusão. Convence o homem de que já chegou no ápice, que pode parar ali. Uma
criadora de monstros, que não se preocupa com consequências para o enaltecido.
Eis porque o seu maior inimigo é aquele que o lisonjeia. Quer que você adote
uma ilusão. Que estacione. Que morra à míngua.
Está assustado? Não deve. Se viver
assustado com a lisonja, pode acabar perdendo as dádivas do elogio. Ouça tudo
com calma. Pergunte-se se há verdadeira isenção. Esta é a atitude chave. (NML)
muito bom, pastor!
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