“Tornaram-me o mal pelo bem, roubando a minha alma.”- Salmo 35:12
Quando fazemos o bem e, em troca,
recebemos o mal, é exatamente assim que nos sentimos: roubados. Tal é o lamento do salmista. Fez-lhes o bem,
tratou-lhes com bondade, e a bondade não foi o que recebeu de volta.
Recompensar o bem com o mal é
roubar o entusiasmo da alma. A alma, empolgada com o bem, enlevada por ele,
é surpreendida pela recepção do mal, como uma ducha de água fria. Como é
terrível quando a benignidade de nossas palavras é torcida em acidez, quando a
bondade de nossos gestos é tratada com desconfiança. Se alguém está empenhado
no bem deve ser sempre entusiasmado, encorajado a prosseguir.
Recompensar o bem com o mal é roubar a confiança da alma. Há uma
boa-fé que faz tão bem ao mundo! Que o dirige em bons caminhos. E é muito ruim
quando alguém é convencido de que portá-la não leva a lugar algum. Que, se
fizer o bem, o ser humano não vai prosperar. Pois, a recompensa do bem com o
mal é um esforço nesse sentido.
Recompensar o bem com o mal é roubar a felicidade da alma. Ficamos
muito contentes quando percebemos que o bem por nós praticado foi a semente de
outros bens. Que nosso gesto de bondade foi aprendido. Que nossas palavras de
bondade farão eco em outras vidas. O contrário nos frustra. O diferente nos
dói. Nos decepciona intensamente. É por isso que, na parábola contada por
Cristo, do credor incompassivo, o senhor que o havia perdoado tratou-o
rigorosamente. Havia recebido perdão, mas não foi perdão o que dera.
Se alguém lhe fizer o bem, não o
esqueça. Melhor, não lhe recompense com mal. Não saqueie,não roube a sua alma.
Um antigo ´provérbio oriental diz; “Ao beberes a água, lembra da fonte!” (NML)
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