quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SEM SE IMPRESSIONAR


“Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.”- Salmo 138:1
Deus é para ser louvado em qualquer hora. Exaltado em qualquer lugar. Mas, há lugares que são altamente sugestivos. Só fazem aumentar a grandeza de Deus. Os olhos estão em Deus, o resto é resto. O homem que conhece Deus não se impressiona, não é influenciado. Quer influenciar.
O  homem que conhece Deus não se impressiona com o histórico dos deuses. Todo deus tem uma história, uma narrativa atrás de si. De como surgiu. O que sentiu. O que fez. Uma grandiosa demonstração da criatividade humana. Quem conhece Deus não dá a mínima. Os fatos de Deus estão aí. Sua presença está até nos nossos ossos. A história nossa é uma parte da história dele. Cada passo que demos foi no caminho que Ele abriu. Cada dádiva que recebemos saiu das suas mãos. Nossas orações tiveram respostas inegáveis dele.
O homem que conhece Deus não se impressiona com a adoração dos deuses. Seus rituais não lhe dizem nada. Os gestos nada lhe significam. Os cânticos, composições vazias. As expressões, emocionalismo exacerbado. Um esforço dos homens na busca de consolação. Deus é Deus. Deus interage. Deus é diálogo e não monólogo. Sua unção nos arrepia. Sua presença nos move. Sua graça nos valoriza. Seu poder nos exalta. Sua misericórdia nos consola. Sua sabedoria nos orienta. Sua graça nos recebeu.
O homem que conhece Deus não se impressiona com os adeptos dos deuses. Podem ser incontáveis. Apenas uma demonstração de quanto as trevas agiram. Podem ser maioria. Apenas uma demonstração de quanto o erro se multiplicou. Números não o impressionam. Não o demovem de sua posição. Deus só não está sendo conhecido. Um deleite que, infelizmente, não o é de muitos. Uma bondade, que,infelizmente, muitos ignoram. Só isso. Apenas isso.
O homem de fé louva Deus para destacá-lo. Deus é sumamente exaltado. O homem de fé louva Deus para divulgá-lo. Deus, essa riqueza eterna, precisa ser o deleite de muitos. O homem de fé louva Deus para agradecê-lo. Deus correspondeu à sua esperança. Deus disse “sim” à sua fé.
E os deuses? Deus “roubou a cena”? Não vamos usar o termo porque é Deus. Deus arrasou!




sexta-feira, 2 de novembro de 2012

AGRADECIDO PELA PROVAÇÃO


“Tu, Senhor, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha.”- Salmo 30:7
Há sim quem agradeça pela provação. Mas, não no início, quando se revela. Provação tem sofrimento. Provação é sofrimento. Quem quer sofrer? Ninguém.
No final da provação, porém, há almas agradecidas. O salmista estava. Fez o balanço. O resultado foi bom.
Um resultado bom da provação é a humildade que produz. O homem tem tendência a orgulhar-se do que é e faz, por isso tem tendência a estar iludindo-se. Como na história da formiguinha que passou numa ponte daquelas antigas, de cabos, que balançam. Quando estava iniciando a travessia, entrando na ponte, um elefante saía da mesma pelo outro lado, balançando-a intensamente. A formiguinha exclamou: “Céus! Como estou gorda e forte!” Iludida, achando que tudo aquilo era provocado por si. Nós também temos essa tendência de exagerarmos nossos efeitos. É onde entra o benefício da provação. Ela nos faz enxergar nossas limitações e concluir que “não estamos com essa corda toda”.
Mas, a provação produz sensibilidade. Por sofrermos, desenvolvemos sentimentos solidários para com os sofrimentos dos outros. Ficamos sensíveis ao sofrimento de outrem. Capazes de chorar com os que choram. Tal sensibilidade é muito importante, pois que nos põe no caminho do bem, da beneficência.
A provação produz, ainda, maturidade. Quando saímos da provação já não somos mais a mesma pessoa. Há uma nova visão do mundo, das coisas, do que é realmente importante. Do que realmente vale a pena. Isso nos ajuda a concentrar-nos. Dá a concentração que precisamos para triunfar em algumas circunstâncias de nossa vida.
Por derradeiro, a provação produz fraternidade. Nos ensina, primeiramente, a receber. Tem gente que não sabe fazer isso. Morre de fome, mas não aceita doação de alimentos. Desmaia, mas não aceita a força que um amigo oferece. A provação nos ensina isso e, num segundo momento, a colaborar. Receber e doar: um grande ensino da provação que fortalece os laços de fraternidade.
Viu só? Há o que agradecer na provação. Agradeça pela sua montanha. È de minério. De ouro.